quinta-feira, 29 de maio de 2014

ICCRS convida carismáticos a participarem do Pentecostes das Nações

altPentecostes das Nações, fase II, é um componente integral de caminhada para o Jubileu de Ouro da RCC, "Um Novo Pentecostes para uma Nova Evangelização". O tema de 2014-2015 para a fase 2 é 'Reavivando a Chama’, 2 Tim 1,6-7 (ver www.iccrs.org). Em 2013, na solenidade da Santa Missa de Pentecostes com os Movimentos Eclesiais, o Papa Francisco afirmou: "O Espírito Santo é a alma da missão. O que aconteceu em Jerusalém há quase dois mil anos não é algo distante de nós; mas são eventos que nos afetam e que se tornaram uma viva experiência em cada um de nós. O Pentecostes do Cenáculo em Jerusalém é o começo, um começo que perdura".
Olhando para Trás – Caminhando para Frente
Cisternas profundas de graças! Em 1895, em resposta aos sussurros da Beata Elena Guerra, o Papa Leão XIII pediu a todos os fiéis que celebrassem uma novena solene (nove dias de oração) perpetuamente, entre a Ascensão e Pentecostes para a unidade do Cristianismo, sugerindo, para isso, uma fórmula especial de oração: Envia o teu Espírito e renova a face da Terra. Outro momento estratégico em nossa jornada foi a carta apostólica do Papa João Paulo II em 2001, Novo Millennio Ineunte, "No início do novo milênio". Esta carta traz para nós uma frase-chave, Duc in Altum – Lancem suas redes para águas mais profundas (Lc 5,4). Novamente o Papa João Paulo II declarou para a RCC: “Rezo com muito fervor para que vossas comunidades e toda a Renovação Carismática avancem para águas mais profundas, a fim de ir mais fundo na missão”.
A fase I do Pentecostes das Nações foi uma jornada de três anos. A primeira e segunda etapas aconteceram no Pentecostes de 2008 e 2009. A terceira etapa culminou no dia de Pentecostes, em maio de 2010 em Assis, no evento de Intercessão Internacional do ICCRS. Aquele, no entanto, não foi o final da nossa jornada, mas o começo. A Fase II do Pentecostes das Nações iniciou uma jornada de sete anos que terminará com o 50º aniversário da RCC em 2017, para então dar início a outro Pentecostes duradouro. O Pentecostes das Nações é firmado em base sólida no coração da igreja.
Pentecostes das Nações – Juntos Oramos, Juntos Celebramos
É um projeto para Todas as Nações – em Sua Nação. É uma resposta que a RCC mundial tem oferecido desde 2008, em resposta ao desejo expressado pelos Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco, de que a espiritualidade de Pentecostes se espalhasse para uma nova Cultura de Pentecostes na Igreja, para a Nova Evangelização (JPII, maio de 2004 – Bento XVI, setembro de 2005, Francisco, maio de 2013).
Parte 1 - Juntos Oramos: 30 de maio a 7 de junho de 2014 – Operação Cenáculo
Você pode fazer parte desta visão para a Renovação Carismática Católica em cada nação unindo-se em oração. Vamos construir uma densa “rede” global de oração, contínua, dia e noite, durante os nove dias anteriores a Pentecostes, formando uma grande Novena de Pentecostes. É um convite para que retornemos à "Sala Superior de Jerusalém", esperando unidos, em um só coração e em oração constante (Atos 1, 12-14), tornando-nos "sarças ardentes" em adoração e intercessão. (Leão XIII, B. Elena Guerra E. 1895-1897).
Participe desses 9 dias com uma Novena de Pentecostes: a nível de cidade, ou regional, ou de Comunidade, nos Comitês Nacionais de Serviço, nos grupos de oração ou individualmente, ou seja, uma Novena Noite e Dia de Pentecostes, em um Cenáculo, ou em uma Rede de Oração em Grupo.
Parte 2 - Juntos Celebramos: 8 de junho de 2014 – Celebração do Dia de Pentecostes
Você pode participar dos eventos que estão sendo planejados para comemorar a grande festa de Pentecostes em sua nação, cidade, comunidade ou grupo. É um convite para responder ao chamado para a Nova Evangelização, para que a "espiritualidade de Pentecostes" se espalhe na igreja, no poder do Espírito Santo.
Organize eventos de celebração de Pentecostes, que podem ser de oração carismática, pregações curtas e uma solene invocação do Espírito Santo e, possivelmente, um louvor para glorificar a Deus.
Imagine
Imagine... Ah, se orações uníssonas e fervorosas pudessem ser erguidas ao céu em todas as partes da cristandade, como se fossem uma só oração no Cenáculo (Sala Superior) de Jerusalém para um reacender do Espírito divino! (Beata Elena Guerra).
Imagine... O que aconteceria se "orações uníssonas e fervorosas" fossem erguidas em cada fuso horário do mundo, durante nove dias?
Imagine... O que aconteceria se testemunhássemos o poder do Espírito Santo em todas as partes do mundo durante todo o Pentecostes?
Imagine... O que Deus não poderia fazer se nos uníssemos em oração e celebração para uma nova efusão do Espírito Santo em nosso mundo?
Planeje participar da experiência do Pentecostes para as Nações:
Todos nós podemos nos unir ao Pentecostes da RCC/ICCRS, em um esforço de Nações - considerem-se construtores de pontes na transmissão e promoção do Pentecostes das Nações – de 30 de maio a 8 de junho de 2014, para as diversas realidades da RCC em suas áreas/regiões, encorajando-as a unirem-se em uma atmosfera de comunhão, forjando, dessa forma, elos mais fortes no Pentecostes global das Nações e nas experiências de celebração.
Nota: Este ano, nos dias 1 e 2 de junho, teremos a graça de estar no Cenáculo do Estádio Olímpico de Roma com o Papa Francisco.
Para obter maiores informações, visite www.iccrs.org, em Próximos Eventos.
Fonte: ICCRS

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Discurso do Papa João Paulo II aos Responsáveis do Movimento Carismático Católico


Papa

Caríssimos Irmãos e Irmãs!
1. Ao saudar a Conferência Internacional para os Responsáveis do Movimento Carismático Católico, "dou graças ao meu Deus por meio de Jesus Cristo, a respeito de vós, pois a fama da vossa fé espalhou-se pelo mundo inteiro" (Rm 1, 8).
A Renovação Carismática Católica ajudou muitos cristãos a redescobrir a presença e a força do Espírito Santo na sua vida, na vida da Igreja e no mundo. Esta redescoberta despertou neles uma fé em Cristo repleta de alegria, um grande amor pela Igreja e uma generosa dedicação à sua missão evangelizadora. Neste ano dedicado ao Espírito Santo, uno-me a vós ao louvar Deus pelos frutos preciosos que quis fazer maturar nas vossas comunidades e, através delas, nas Igrejas particulares.
2. Como responsáveis da Renovação Carismática Católica, uma das vossas tarefas consiste em tutelar a identidade católica das comunidades carismáticas difundidas em todo o mundo, estimulando-as sempre a manter um vínculo hierárquico e estreito com os Bispos e o Papa. Pertenceis a um movimento eclesial e a palavra «eclesial» obriga a uma preciosa tarefa de formação cristã, que requer uma profunda convergência entre fé e vida. A fé entusiasta que reaviva as vossas comunidades deve ser acompanhada por uma formação cristã adequada e fiel ao ensinamento eclesial. Com efeito, de uma sólida formação derivar á uma espiritualidade profundamente radicada nas fontes da vida cristã e capaz de responder aos interrogativos cruciais apresentados pela cultura de hoje.
Na minha recente Carta Encíclica Fides et ratio adverti contra um fideísmo que não reconhece a importância da obra da razão, não só para uma compreensão da fé, mas também para o próprio ato de fé.
3. O tema da vossa Conferência, «Let the fire fall again!», recorda as palavras de Cristo: «Vim para lançar fogo sobre a terra; e como gostaria que já estivesse aceso!» (Lc 12, 49). Olhando para o Grande Jubileu, estas palavras ecoam com todo o seu vigor. O Verbo de Deus fez-se homem e trouxe-nos o fogo de amor e a verdade que salva. No limiar do Terceiro Milênio da era cristã, é grande o desafio evangélico: «vai hoje trabalhar para a vinha» (Mt 21, 28)!
Acompanho a vossa Conferência com as minhas orações, convicto de que isto dará ricos frutos espirituais à Renovação Carismática Católica em todo o mundo. Maria, Esposa do Espírito e Mãe de Cristo, vigie sobre quanto fazeis em nome do seu Filho! Concedo de coração a minha Bênção apostólica a todos vós, às vossas comunidades e entes queridos
Vaticano, 30 de outubro de 1998.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Renovação Carismática no Brasil


No Brasil a Renovação Carismática teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty. Os rumos que a Renovação Carismática tomará a partir de Campinas serão diversos, expandindo-se rapidamente pela maioria dos Estados brasileiros. Entre algumas informações disponíveis encontramos as de Dom Cipriano Chagas que registra: – Em 1970 e 71 iniciou-se a Renovação em Telêmaco Borba, no Paraná, com Pe. Daniel Kiakarski, que a conhecera nos Estados Unidos também em 1969.
- Em 1972 e 1973 Pe. Eduardo, de novo no Brasil, deu vários retiros e iniciou grupos de oração. Assim foi, por exemplo, em Belo Horizonte, em 1972, com um grupo pequeno de 8 ou 9 pessoas.
- Em janeiro de 1973 o Pe. George Kosicki, CSB, que havia muito participava ativamente da Renovação nos Estados Unidos, veio a Goiânia para um retiro carismático de uma semana. A ele compareceram D. Matias Schmidt, atual bispo de Rui Barbosa, na Bahia, e vários padres e religiosas, que iriam iniciar grupos de oração em Anápolis, Brasília, Santarém, Jataí, etc.
- Em 1973, perto de Miranda, no Mato Grosso, um pequeno grupo começou a ler o livro Sereis Batizados no Espírito e a rezar pedindo o dom do Espírito. Um mês mais tarde veio a eles o Pe. Clemente Krug, redentorista, que conhecera a Renovação em Convent Station, New Jersey; orando com eles, receberam o “batismo no Espírito” e o dom de línguas.
- Em geral, pois, pode-se dizer que os grupos de oração surgidos em inúmeras cidades do Brasil tiveram sua origem seja nas “Experiências de Oração no Espírito Santo” do Pe. Haroldo Rahm, SJ, seja nos retiros dados pelos padres Eduardo Dougherty, SJ e George Kosicki, CSB.
- Em vista da extensão que tomava a Renovação no Brasil, o Pe. Eduardo Dougherty, sentindo a necessidade de uma melhor organização, preparou com o Pe. Haroldo Rahm e Irmã Juliette Schuckenbrock, CSC, um encontro de fim de semana em Campinas, que foi o I Congresso Nacional da Renovação Carismática no Brasil em meados de 1973, ao qual compareceram cerca de 50 líderes, para discernir a obra do Espírito Santo no Brasil.
- Em janeiro de 1974 foi realizado o II Congresso Nacional da Renovação Carismática, comparecendo lideres de Mato Grosso, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, etc. Em outras regiões a Renovação Carismática começa a crescer, a partir de 1974: no Norte a diocese de Santarém com Frei Paulo, em Anápolis, no Centro Oeste, com Frei João Batista Vogel, no Sul de Minas, com Mons. Mauro Tommasini na Aquidiocese de Pouso Alegre. Também colaboram como divulgadores: Pe. Schuster, Dr. Jonas e Sra. Imaculada Petinnatti, Peter e Ingrid Orglmeister, D. Cipriano Chagas, Pe. Alírio Pedrini, Frei Antônio, Ir. Tarsila, Maria Lamego, Ir. Stelita.
No início, a Renovação atingiu os líderes já engajados em movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC, etc, e foi se ampliando gradativamente como uma nova “onda” de evangelização com identidade própria(5). Em 1972, Pe. Haroldo escreve o livro Sereis batizados no Espírito(6) , onde explica o que vem a ser o “Pentecostalismo Católico”. Sendo uma das primeiras obras publicadas no país sobre o movimento, trazia orientações para a realização dos retiros de “Experiência de Oração no Espírito Santo”, que muito colaboraram para o surgimento de vários grupos de oração.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

RCC no Brasil

Adoração ao Santíssimo com Pregador Roberto Tannus da RCC.
No Brasil, a Renovação Carismática Católica teve origem na cidade de Campinas, SP, através dos padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty (2).
Os rumos que a RCC tomou a partir de Campinas foram diversos, expandindo-se rapidamente por muitos estados brasileiros. Dom Cipriano Chagas registra:
  • Em 1970 e 71 iniciou-se a Renovação em Telêmaco Borba, no Paraná, com Pe. Daniel Kiakarski, que a conhecera nos Estados Unidos também em 1969.
  • Em 1972 e 1973 Pe. Eduardo, de novo no Brasil, promoveu vários retiros e iniciou grupos de oração. Assim foi, por exemplo, em Belo Horizonte, em 1972, com um grupo pequeno de 8 ou 9 pessoas.
  • Em janeiro de 1973, o Pe. George Kosicki, CSB, que havia muito participava ativamente da Renovação nos Estados Unidos, veio a Goiânia para um retiro carismático de uma semana. A ele compareceram D. Matias Schmidt, atual bispo de Rui Barbosa, na Bahia, e vários padres e religiosas, que iriam iniciar grupos de oração em Anápolis, Brasília, Santarém, Jataí, etc.
  • Em 1973, perto de Miranda, no Mato Grosso do Sul, um pequeno grupo começou a ler o livro "Sereis Batizados no Espírito" e a rezar pedindo o dom do Espírito. Um mês mais tarde veio a eles o Pe. Clemente Krug, redentorista, que conhecera a Renovação em Convent Station, New Jersey; orando com eles, receberam o denominado “Batismo no Espírito” e o suposto dom de línguas.
  • Em geral, pois, pode-se dizer que os grupos de oração surgidos em inúmeras cidades do Brasil tiveram sua origem seja nas “Experiências de Oração no Espírito Santo” do Pe. Haroldo Rahm, SJ, seja nos retiros promovidos pelos padres Eduardo Dougherty, SJ e George Kosicki, CSB.
  • Em vista da extensão que tomava a RCC no Brasil, Pe. Eduardo Dougherty, sentindo a necessidade de uma melhor organização, preparou com o Pe. Haroldo Rahm e Irmã Juliette Schuckenbrock, CSC, um encontro de final de semana em Campinas, que foi o I Congresso Nacional da Renovação Carismática no Brasil, em meados de 1973, ao qual compareceram cerca de 50 líderes.
  • Em janeiro de 1974 foi realizado o II Congresso Nacional da Renovação Carismática, comparecendo líderes de Mato Grosso, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Santos, São Paulo entre outros. (3).
Em outras regiões, a RCC começou a crescer a partir de 1974: no Norte a Diocese de Santarém, com Frei Paulo. Em Anápolis, no Centro Oeste, com Frei João Batista Vogel. No Sul de Minas, com Mons. Mauro Tommasini, na Diocese de Pouso Alegre. Também colaboraram como divulgadores: Pe. Schuster, Dr. Jonas e Sra. Imaculada Petinnatti, Peter e Ingrid Orglmeister, D. Cipriano Chagas, Pe. Alírio Pedrini, Frei Antônio, Ir. Tarsila, Maria Lamego, Ir. Stelita (4).
No início, a RCC atingiu líderes já engajados de movimentos como Cursilho, Encontros de Juventude, TLC e outros, e foi se alastrando gradativamente como uma nova “onda” de prática religiosa com identidade própria (5).
Em 1972, Pe. Haroldo escreveu o livro "Sereis batizados no Espírito" (6), no qual explica o que vem a ser o “Pentecostalismo Católico”. Sendo uma das primeiras obras publicadas no país sobre o movimento, trazia orientações para a realização dos retiros de “Experiência de Oração no Espírito Santo”, que muito contribuiram para o surgimento de vários grupos de oração.
Em 1978, é iniciado o movimento da Comunidade Canção Nova (6) sob a liderança do então sacerdote religioso salesiano Padre Jonas Abib, na cidade de Cachoeira Paulista - SP.
Antônio F. Pierucci e Reginaldo Prandi, por ocasião das eleições de 1994, realizaram um levantamento quantitativo sobre a RCC no Brasil. O resultado apresenta cerca de 3.800.000 católicos carismáticos no conjunto da população brasileira adulta, sendo 70% mulheres; com uma quantidade expressiva formada por donas de casa (24%), a maior parte dos que estão ocupados são funcionários públicos (22%).
Tratava-se de um número elevado - praticamente equivalente ao total de evangélicos que seguem as denominações protestantes históricas; menos de um terço dos evangélicos pentecostais; o dobro dos católicos das comunidades eclesiais de base (CEBs); número similar ao de espíritas kardecistas; e quase três vezes o total dos adeptos das religiões afro-brasileiras.
Estudos mais recentes, contrariaram alguns prognósticos da não expansão da base social da RCC para além da classe média, indicando que o movimento também chegou às camadas trabalhadoras dos bairros populares, onde há uma tendência ao crescimento. Atualmente, a RCC encontra-se presente em todos os estados brasileiro, incluindo o Distrito Federal, com 285 coordenações (arqui)diocesanas organizadas e cadastradas junto ao chamado "Escritório Nacional'.
Considera-se que há aproximadamente 13.000.000 de católicos carismáticos no país e que há um número maior que se autodenominam "carismáticos" no meio católico brasileiro, de acordo com a revista "Época em Destaque" de São Paulo.
Em estimativa feita no final do ano de 2005 junto às coordenações estaduais da RCC, contabilizou-se como aproximadamente 20.000 o número de grupos de oração em todo o Brasil. Isto sem contar as comunidades de vida, de aliança, associações e inumeráveis outras atividades de apostolado, ligadas à RCC.

Características e doutrina

Em termos de doutrina a RCC afirma seguir a Bíblia, o Catecismo da Igreja Católica e todas as demais diretrizes da Igreja Católica, entre ela os dogmas já fixados no catolicismo romano como, por exemplo, a crença na intercessão dos santos e a veneração a Maria, a mãe de Jesus.
Nas reuniões chamadas "Grupos de Oração", nos encontros e retiros há grande prática de músicas de louvor, adoração e são realizadas empolgadas pregações e palestras.
A RCC, em fidelidade à Igreja, prega que o pecado - ação contrária à vontade de Deus - é a fonte de todos os males existentes na sociedade. Ganância, egoísmo, soberba, vícios, mau uso da liberdade etc, seriam consequências do pecado do homem.
Defende que Jesus tem o poder de libertar e perdoar pecados e que, para isso, basta que o homem arrependa-se diante dele e busque a prática do sacramento da Reconciliação (Confissão).
A RCC considera como bem maior para a vida do ser humano a Euaristia, que é o sacramento no qual está a presença real de Jesus Cristo. Na Santa Missa está a celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Há no movimento também uma forte devoção a Santíssima Virgem Maria, de quem se busca a intercessão junto a Jesus e também como modelo de entrega, esperança e confiança no Deus Criador.

Os carismáticos e o Espírito Santo

Segundo à RCC, o "Espírito Santo", que é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, habita dentro de cada ser humano. Nele estaria o desejo da prática do bem e da santificação. O Espíriso Santo é descrito como 'conselheiro', 'consolador' ou 'auxiliador'. Também como defensor paráclito, guiando os homens no "caminho da verdade e da justiça".
Há uma ênfase especial na ação do "Espírito Santo". Os 'Frutos do Espírito' (i.e. os resultados da sua ação) são "amor, gozo (ou alegria), paz, 'longanimidade, benignidade, bondade,, mansidão, temperança" (conforme Gálatas 5:22). Ele também concede dons (i.e. habilidades) aos Cristãos tais como os dons de profecia, línguas, discernimento, sabedoria, cura,, milagres, e ciência. Embora alguns Cristãos acreditem que tais dons foram concedidos apenas nos tempos apostólicos, isto é, nos tempos daqueles que testemunharam ocularmente Jesus Cristo e viveram no período logo em seguida de sua morte e ressurreição Novo Testamento, para a RCC, hoje estes dons ainda são concedidos.
Desse modo, nos reuniões chamadas "grupos de oração" é muito comum a prática do "dom de línguas". Acredita-se também na ocorrência de visões e profecias de origem sobrenatural, que transmitiriam mensagens de Jesus, do Espírito Santo e até mesmo da Virgem Maria, bem como a realização de curas espirituais ou físicas e outros milagres.
Os membros da RCC acreditam ainda na ocorrência do que chamam "Batismo no Espírito Santo". Seria um fenômeno sobrenatural de manifestação do Espírito na vida daquele que crê. Normalmente é considerado o momento de "conversão", de recomeço na vida de quem passa por ele. Apesar de que para a doutrina da Igreja Católica apenas é considerado como "batismo" o sacramento que a criança ou o adulto recebem na celebração eclesial, com a oração do celebrante (padre ou leigo com provisão especial do bispo, após a devida preparação), pais e padrinhos e com o derramamento da água três vezes sobre a cabeça. A Igreja também considera que o Batismo é um sacramento que acontece apenas uma vez na vida de cada pessoa, tornando-se uma marca indelével (impossível de ser desfeita) na alma daquele que crê.

Batismo no Espírito Santo

Os membros da RCC acreditam ainda na ocorrência do que chamam "Batismo no Espírito Santo". Seria um fenômeno sobrenatural de manifestação do Espírito na vida daquele que crê. Normalmente é considerado o momento de "conversão", de recomeço na vida de quem passa por ele. Apesar de que para a doutrina da Igreja Católica apenas é considerado como "batismo" o sacramento que a criança ou o adulto recebem na celebração eclesial, com a oração do celebrante (padre ou leigo com provisão especial do bispo, após a devida preparação), pais e padrinhos e com o derramamento da água três vezes sobre a cabeça. A Igreja também considera que o Batismo é um sacramento que acontece apenas uma vez na vida de cada pessoa, tornando-se uma marca indelével (impossível de ser desfeita) na alma daquele que crê.

A RCC e a CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em seu documento de número 53, oferece recomendações disciplinando certas práticas místicas no contexto da RCC. Por exemplo, que se evite a prática do "Repouso no Espírito" (na qual as pessoas parecem desmaiar durante os momentos de oração, mas permanecem conscientes do que ocorre em sua volta). E preocupações exageradas com o demônio:
63 - Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade. Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja intérprete.
65 - Em Assembleias, grupos de oração, retiros e outras reuniões evite-se a prática do assim chamado "repouso no Espírito". Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento. (...)
68 - Procure-se, ainda, formar adequadamente as lideranças e os membros da RCC para superar uma preocupação exagerada com o demônio, que cria ou reforça uma mentalidade fetichista, infelizmente presente em muitos ambientes.
O documento também menciona aspectos positivos do movimento.

Influência dos pentecostais

Especialmente no início, a RCC foi influenciada pelo movimento evangélico pentecostal. Seguem-se alguns dos maiores exemplos desse envolvimento.
  • O livro "A Cruz e o Punhal", influente na formação do movimento, foi escrito pelo Pastor David Wilkerson, que também pregou em um dos primeiros Congressos da RCC nos Estados Unidos;
  • Padre Tomas Forrest, liderança internacional da RCC no início do Movimento, teve sua experiência do 'Batismo' no Espírito Santo num retiro da Renovação Carismática Católica dos EUA pregado por dois padres, uma freira e dois evangélicos Metodistas. (3)
  • Parte considerável das músicas do livro "Louvemos ao Senhor" e outras populares no movimento, têm origem no protestantismo, tais como “Buscai primeiro o Reino de Deus” e “Glorificarei teu nome, oh Deus”, "Pelo Senhor marchamos sim...”, “A alegria está no coração...”, “Posso pisar uma tropa...”,, “Espírito (...) vem controlar todo o meu ser...”, “Espírito, enche a minha vida, enche-me com teu poder...”, “Assim como a corça...”, “Deus enviou seu filho amado...”, “Se as águas do mar da vida...”, “Eu sou feliz por que meu Cristo quer...”. Temos ainda exemplos mais recentes, como “Levanta-te, levanta-te Senhor... fujam diante de ti teus inimigos”, “Venho Senhor minha vida oferecer", “Meu pensamento vive em você...”, “Se acontecer um barulho perto de você...”, “Celebrai a Cristo, celebrai...”. (3)
Algumas vertentes evangélicas pentecostais alegam que a RCC emula alguns de seus ritos e músicas. Apesar de a RCC também ter músicas próprias. Para muitos carismáticos e pentecostais isso é positivo, pois é oportunidade de uma prática do ecumenismo pela partilha da música cristã. O diálogo e aproximação ecumênica é uma das metas buscadas pelo Vaticano e pela CNBB e uma recomendação da Igreja aos fiéis católicos

Origem

Origem

A Renovação Carismática, inicialmente conhecida como "movimento católico pentecostal", ou católicos pentecostais, depois por católicos renovados e hoje como católicos carismáticos, surgiu em 1967, quando Steve Clark, da Universidade de Duquesne em Pittsburgh, Pensilvânia, Estados Unidos, durante sua participação no Congresso Nacional de "Cursilhos de Cristandade", mencionou o livro "A Cruz e o Punhal", do pastor protestante John Sherril, que tratava a respeito do trabalho do pastor David Wilkerson com grupos de pessoas viciadas em drogas da cidade de Nova York. Clark dizia que o livro o inquietava e que todos as pessoas deveriam lê-lo[carece de fontes].
Em 1966, estudantes católicos da Universidade de Duquesne começaram a reunir-se para a prática de oração e conversas a respeito da fé. Eram católicos que se dedicavam a atividades apostólicas, mas ainda insatisfeitos com sua experiência religiosa. Em razão disso, começaram a rezar para que o Espírito Santo se manifestasse neles. Na vontade de vivenciar uma experiência mais profunda com o Espírito, foram ao encontro de William Lewis, sacerdote da Igreja Episcopal Anglicana, que os encaminhou a Betty de Shomaker, uma senhora que realizava em sua casa reuniões de oração pentecostal[carece de fontes].
Em 13 de janeiro de 1967, Ralph Keiner e sua esposa Pat, Patrick Bourgeois e Willian Storey foram à casa de Flo Dodge, paroquiana epicscopal de William Lewis, para assistir à reunião. Em 20 de janeiro, assistem a mais uma reunião e suplicam que se ore para que eles recebam o que se chama "Batismo no Espírito Santo". Ralph recebeu assim o chamado "dom de línguas" (fenômeno conhecido no meio acadêmico como glossolalia). Na semana seguinte, em fevereiro de 1967, Ralph impõe as mãos para que os quatro recebam esse mesmo "Batismo no Espírito"[carece de fontes].
Em janeiro de 1967, Bert Ghezzi comunica a universitários de Notre Dame, South Bend, Indiana o que teria ocorrido em Pittsburgh. Em fevereiro, antes do retiro de Duquesne, Ralph Keifer vai a Notre Dame e conta suas experiências. Em 4 de março, um grupo de estudantes se reúne na casa de Kevin e Doroth Ranaghan. Um professor de Pittsburgh partilha a experiência de Duquesne e, em 5 de março de 1967, o grupo pede a imposição de mãos para receber o Espírito Santo.
Após a Semana Santa, foi realizado um retiro em Notre Dame para discernir o que seria a vontade de Deus nessas manifestações. Participaram professores, alunos e sacerdotes. Cerca de 40 pessoas de Notre Dame e 40 da Universidade de Michigan, entre os quais Steve Clark e Ralph Martin, que, em 1976, iriam à Universidade de Michigan, em Ann Arbor.

O que é?

A Renovação Carismática Católica (também chamada "RCC") é um movimento da Igreja Católica Apostólica Romana surgido nos Estados Unidos em meados da década de 1960, pela influência da Renovação Carismática episcopal, porém mantendo os dogmas do catolicismo romano. A prática da RCC baseia-se na experiência pessoal com Deus, especialmente pela força do Espírito Santo e de seus dons. O movimento procura oferecer uma abordagem inovadora às formas tradicionais de doutrinação e renovar práticas tradicionais dos ritos e da mística da Igreja, mas sem desviar-se da doutrina e permanecendo fiel a todos os preceitos católicos romanos. Existem atualmente mais de 100 milhões de membros espalhados pelo mundo (comumente denominados Católicos Carismáticos)